Dia do Trovador

Hoje é o Dia do Trovador. Comemora-se nesta data o nascimento do Trovador Luiz Otávio, o Príncipe da Trova, idealizador e fundador da UBT- União Brasileira dos Trovadores. Se vivo estivesse, estaria completando hoje 103 anos.

Em sua homenagem hoje, vou publicar aqui algumas de suas trovas. Nada melhor para se comemorar o Dia do Trovador do que postar as trovas do homenageado. Mas antes, falarei um pouco sobre quem foi Luiz Otávio.

Na verdade, seu nome era Gilson de Castro, que foi odontólogo e, desde cedo já escrevia poesias. Interessou-se pela Quadra Popular Portuguesa e, em 1956 publicou "Meus Irmãos, os Trovadores", uma coletânea com 2000 trovas de mais de 600 autores brasileiros.

Em 1960, participando de um Congresso de violeiros, cantadores e autores de cordel que compunham o GBT - Grêmio Brasileiro de Trovadores, ele filiou-se e fundou uma seção do GBT na Guanabara. Mas havia muitas diferenças quanto a forma das "quadrinhas" compostas por aqueles cantadores e autores de cordel. Então, Luiz Otávio deixou o GBT para fundar a UBT - União Brasileira de Trovadores.

Em 1966 fundou a UBT na Guanabara e, após a organização desta em outros Estados, fundou oficialmente a UBT em 8 de janeiro do ano seguinte, que logo se expandiu para todo o Brasil.

Compus para homenageá-lo uma trovinha simplória mas que faz alusão a esta data tão importante. Posto-a a seguir, compartilhando com você que aqui nos visita.

Hoje é Dia do Trovador.

Comemora nascimento

de Luiz Otávio cultor

da boa trova, um talento.

                          (Alberto Valença Lima)

Vamos agora postar algumas trovas deste Príncipe da Trova.

	Luiz Otávio
"Meus sentimentos diversos prendo em poemas tão pequenos. Quem na vida deixa versos parece que morre menos."		"Quer ser feliz? Então siga a minha vida bizarra que tem muito de formiga e ainda mais de cigarra..."
"A Trova tomou-me inteiro, tão amada e repetida, que agora traça o roteiro das horas da minha vida!..."		"Festejo tanto e bendigo vitórias que os outros têm, que a vitória de um amigo parece minha também!"
"Dizes que és pobre e eu, coitado, inveja tenho de ti: -tens tua mãe ao teu lado e a minha, eu nem conheci!..."		"Sou como aquela palmeira, sozinha, no alto do monte: -Uma eterna prisioneira olhando, triste, o horizonte..."
	"Sou como a cana do engenho... Quem dera que assim não fosse! Quanto mais dores eu tenho, o meu cantar sai mais doce!"