História da Trova em Pernambuco
História da Trova em Pernambuco
I Concurso de Trovas
do Clube de Trovadores da Soledade
Recife - PE (Julho/2006)
A nossa promoção acima, para a qual recebemos cerca de trezentas trovas, nos proporcionará a publicação de um livro com o título de Direito e Justiça em Trovas, com tiragem de cinco mil exemplares, cuja unidade será vendida ao preço de dez reais, com a renda destinada ao Sindicato dos Advogados de Pernambuco - SINDAPE.
Segundo decidido em reunião dos promotores do
evento, cada trovador do Recife (ou de outra cidade - despesa postal por nossa
conta), advogado ou simpatizante da Trova que queira colaborar, receberá dez
exemplares para vender entre amigos, em ajuda, também, ao SINDAPE.
Além das dezoito trovas classificadas, que
iniciarão a obra, teremos mais cerca de duzentas e oitenta e duas outras de
autores de todo Brasil, abordando os temas propostos - Direito e Justiça - sob
aspectos os mais diversos.
Ademais, honra-nos como apresentador do livro, o
conceituado causídico e intelectual Dr. José Paulo Cavalcanti Filho que, a
nosso pedido, fez uma pausa nas suas pesquisas sobre o Rei do Modernismo em
Portugal, o poeta Fernando Pessoa, autor da famosa trova - "O poeta é um
fingidor! / Finge tão completamente, / que chega a fingir que é dor, / a dor
que deveras sente!" - a que o autor tem como ídolo e lhe dará ainda mais
realce no meio literário brasileiro, e, também, da "Santa Terrinha" e
demais países de língua portuguesa, "em mares nunca dantes navegados"
(como diria Camões), ou parodiando-o:"em aspectos da obra pessoaense,
nunca por outrem abordados"!
Mas, voltando ao Concurso, os prêmios a que
fizeram jus os quinze vencedores, serão todos entregues quando do lançamento do
livro, aos que comparecerem ao Recife, em data a ser determinada; ou remetidos
pelo Correio, para os que não puderem aqui comparecer.
Desculpem-nos o atraso e creiam na boa fé dos
irmãos-trovadores maurícios.
Resultado do I Concurso de Trovas do Clube de Trovadores da Soledade - Recife - PE
Tema Direito (líricas e filosóficas)
Vencedores:
1o.
Quem mata perde o DIREITO
de viver em liberdade,
pois, perdeu todo respeito
pela própria humanidade.
Jair Maciel de Figueiredo - Natal - RN
2o.
Na vida, para ter brilho,
e seu caminho perfeito,
pense em Deus - siga meu filho,
o caminho do direito!
José Vítor de Paiva - Pouso Alegre - MG
3o.
No Direito (que eu conheço),
quando a sentença entra em cena,
para os ricos - mostra o preço,
para os pobres - mostra a pena!
Héron Patrício - São Paulo - SP
Menções Honrosas
1a.
O ato de discordar
é um direito natural;
mas só o devemos usar
de modo justo e leal.
Amilton Maciel Monteiro - S.J. dos Campos - SP
2a.
Se a luz do direito brilha,
rompendo a treva malsã,
ninguém se perde na trilha
que segue para o amanhã.
Regina Célia de Andrade - Magé - RJ
3a.
No mundo aumenta o suplício
de tanta gente com fome,
sem direito ao desperdício
do pão que o rico não come!
J. Stavola Porto - Niterói - RJ
Menção Especial:
1a.
Quem sonha com a verdade
fazer do mundo perfeito,
deve crer na Liberdade
e acreditar no Direito!
Antônio Seixas - Magé - RJ
2a.
No direito brasileiro
nem mesmo a justiça nega...
para alguns... "Os sem dinheiro",
a justiça é sempre cega.
Francisco Neves de Macedo - Natal - RN
3a.
De tanto exemplo imperfeito
eu prossigo em minha liça
sem saber o que é Direito,
sem saber o que é Justiça...
Milton Nunes Loureiro - Niterói - RJ
Tema Justiça (valendo Themis):
Vencedores;
1o.
Por que andas tão vagarosa?
- pergunta a lebre à preguiça.
Ela responde vaidosa:
- Trabalho para a Justiça!...
Nazareno Tourinho - Belém - PA
2o.
Justiça... me deixa louco
seus valores desiguais:
dos ricos, exige pouco;
dos pobres, cobra demais!
Regina Célia de Andrade - Magé - RJ
3o.
Andando na "marcha lenta",
talvez por pura preguiça,
processo até se aposenta
nas gavetas da justiça.
Francisco José Pessoa - Fortaleza - CE
Menção Honrosa
1a.
Estou fazendo justiça!
- exclamou no empurra-empurra
o solene Zé Linguiça,
na sogra dando uma surra.
Nazareno Tourinho - Belém - PA
2a.
Triste sim, mas sem antolhos,
pareceu em minha liça,
que Themis vendou os olhos
com vergonha da Justiça...
Milton Nunes Loureiro - Niterói - RJ
3a.
Para à Justiça dar azo,
vale seguir esta pista:
nos recursos, cumpra o prazo;
honorários, cobre à vista.
Eduardo Domingos Botallo - Santo André - SP
Menção Especial
1a.
Viúva "boazuda" alega
insinuando-se ao juiz:
- Justiça pode ser cega,
mas... o senhor o que diz?
Renato Alves - Rio - RJ
2a.
A bagunça tá formada,
porque se o dinheiro ajuda,
a Justiça, controlada,
fica cega, surda e muda.
Argemira Fernandes Marcondes - Taubaté - SP
3a.
Quem rouba muito é ladrão?
Conversa: Virou comédia.
Mas, se pobre furta um pão,
a Justiça... faz a média!!
Antônio Carlos T. Pinto - Cruzeiro Novo – DF
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